Conforme um artigo da Associação Americana para o Estudo de Doenças Hepáticas, a esteatose hepática (gordura no fígado) é considerada uma “doença ocidental”, sendo comum na América do Sul, Oriente Médio e Norte da África. Especialmente na América Latina, a condição está associada ao consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar.
O hepatologista Rodrigo Rêgo Barros foi consultado para explicar como reverter o quadro e enfatizou o seguinte:
- Não há tratamento medicamentoso direto: “Não existe tratamento medicamentoso que atue diretamente na remoção de gordura no fígado.”
- Medicamentos para danos colaterais: O tratamento medicamentoso existe para melhorar a inflamação do fígado e a fibrose (endurecimento que ocorre devido a danos crônicos).
- Pilar central: Reverter a esteatose hepática exige essencialmente que o indivíduo perca peso, com uma redução proporcionalmente maior de massa gorda.
O médico argumenta que atividade física e alimentação saudável são os pilares centrais para a redução da gordura no fígado.
- Uso de Adjuvantes: Embora tratamentos que auxiliam na perda de peso, como as “canetinhas de emagrecimento”, possam ajudar em pacientes selecionados, “a fórmula não costuma dar certo se o indivíduo não muda alguns hábitos.”
- Eficácia da Mudança de Hábito: Adotar hábitos saudáveis é altamente eficaz. Perder entre 7% a 10% do peso é capaz de:
- Reduzir a esteatose hepática em praticamente todos os casos.
- Diminuir a inflamação do fígado em 90% dos casos.
- Reduzir a fibrose em 80%.
Rodrigo Rêgo Bastos garante que, para emagrecer essa quantidade, geralmente não é necessário usar medicação como adjuvante e que “se os hábitos são sustentáveis, e esse é o segredo do sucesso, as melhorias são mais expressivas ainda”.
O especialista ressalta que a esteatose hepática pode afetar “diretamente” a saúde do órgão, aumentando o risco de desenvolver cirrose e câncer de fígado.




