Vereador de Ivaiporã é suspenso por 15 dias, após uso indevido de veículo
O mês de outubro não tem sido nada favorável ao vereador Antônio Vila Real, além de receber uma suspensão por 15 dias do legislativo municipal, após constatar uso do veículo da Câmara de Vereadores ilegalmente, ele ainda foi desconstituído da presidência da Comissão de Obras, Serviços Públicos, Agroindústria, Meio Ambiente, Comércio e Turismo. Vila Real ainda enfrenta um processo de expulsão do MDB por infidelidade partidária.
Conforme a denúncia que levou ao afastamento do vereador, foi porque teria transportado por várias vezes funcionários de uma obra pública que é executada próxima à propriedade dele, quando a obrigação do transporte dos funcionários é de responsabilidade da empreiteira que recebe pela execução da obra na zona rural.
O transporte foi confirmado pelos funcionários da obra, inclusive foi registrada Notícia de Fato no Ministério Público de Ivaiporã, que tem 30 dias para apreciar, a contar da data do recebimento. Ainda conforme a denúncia, a ilegalidade só foi descoberta porque o carro quebrou quando ia buscar os funcionário.
Os vereadores entenderam por bem não abrir Comissão Processante contra o vereador optando pela suspensão do mandato por 15 dias. Procurado pela reportagem Vila Real disse que o uso do veículo não foi em benefício próprio.
Vila Real confirmou que realmente autorizou que o veículo buscasse os funcionários. “Eu não estava em Ivaiporã e mandei buscar eles lá no trabalho. Mas o carro da Câmara que é antigo quebrou, então não aconteceu o fato. Eu então pedi que um colega lá do Jacutinga buscasse eles para mim. Nesse intermédio mandei arrumar o carro e paguei as despesas”, disse Vila Real que também justificou o motivo de mandar buscar os rapazes. “Eles trabalham o dia inteiro no sol assentando as pedras. Chega à tarde, não tem carro para buscá-los, não é possível que a gente que é fiscal da estrada não vai socorrer”.
Com relação a desconstituição da comissão legislativa, Vila Real alega que trabalha na Seab até às 17h30 horas e que as reuniões da comissão são às 18 horas. “Eu não posso estar lá antes, porque tenho que ir para casa, tomar banho, me trocar e não dá tempo de chegar no horário da reunião. Até já tinha pedido para me trocar, mas vinha revelando. A exclusão de comissão é normal, isso acontece em todo o lugar”.
Expulsão do MDB
No período eleitoral 2022 Vila Real optou por apoiar o deputado estadual Alexandre Curi (PSD) e o deputado federal Beto Richa (PSDB), e não os candidatos do MDB. A infidelidade levou o Diretório Municipal do MDB de Ivaiporã a expulsá-lo por não seguir a ideologia do partido.
O processo foi encaminhado ao Diretório Estadual do MDB, que pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação do mandato. Caso isso aconteça, a suplente Mara da Silva (Sandra do Cafezinho) poderá assumir cadeira no Legislativo de Ivaiporã.
“O partido há muito tempo vem tentando me expulsar, por questões lá atrás. Mas, o partido sabe que o mandato é do vereador e o regimento me dá livre arbítrio. Foi entrado com o pedido de expulsão, cabe recurso e estou no prazo do recurso, então não tem expulsão”. As informações são do jornalista Ivan Maldonado da Tribuna do Norte.