Sesa e Ministério da Saúde dão andamento à investigação ampliada para casos da variante Delta no Paraná
Equipes do Ministério da Saúde (MS), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e da Vigilância Epidemiológica de municípios que apresentam casos confirmados da variante Delta começaram neste sábado (10) o trabalho de investigação ampliada com o objetivo de avaliar o cenário no Estado.
O Paraná tem sete casos confirmados por sequenciamento genômico realizado pela Fundação Oswaldo Cruz; os casos são de Apucarana (4), Rolândia, (1), Mandaguari (1) e Francisco Beltrão (1). Até o momento, o Paraná não tem transmissão comunitária. “O Paraná está atento a todas as ações que visam identificar a presença e a prevalência das variantes no Estado, pois este trabalho dará apoio às medidas de caráter epidemiológico diante da situação da pandemia da Covid-19”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
As equipes montaram duas frentes de trabalho investigativo, uma está sediada em Francisco Beltrão e uma está em Londrina. Em Londrina serão investigados os casos relacionados a Rolândia, Mandaguari e Apucarana.
Os investigadores do Ministério da Saúde pertencem ao Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSus). O primeiro boletim informativo sobre o inquérito será emitido após as primeiras 48 horas da investigação. Durante o final de semana, as equipes da Vigilância da Sesa e dos municípios com casos confirmados farão o detalhamento de cada situação, tentando expandir a investigação para novos possíveis contatos da rede de cada pessoa.
As informações apresentadas pelas equipes de Vigilância da Sesa e dos municípios serão agrupadas pelos investigadores do Ministério e vão indicar o trabalho de campo, com entrevistas e pesquisas de rastreamento
O EpiSus aplicará a mesma metodologia de investigação para as duas frentes do inquérito, de Londrina e de Francisco Beltrão, e a primeira medida será uma busca minuciosa por pessoas que em algum momento, entre abril a junho, possam ter estabelecido qualquer tipo de contato com casos confirmados, mesmo que tenha sido um contato mínimo, a partir de 15 minutos de proximidade, como por exemplo em um atendimento clínico, ou no trabalho; tudo é válido para o inquérito.
Os investigadores do MS realizam este tipo de apoio junto as estados e municípios em várias situações ligadas à Vigilância em Saúde. Recentemente o EpiSus esteve em Roraima e no Maranhão, também em trabalho de investigação relacionados à pandemia e que exigiam resposta rápida.
Outro objetivo da investigação é detectar casos ativos da Covid-19, independente da variante, para que a transmissão possa ser bloqueada.
Dados – Até o momento o Paraná soma 674 amostras sequenciadas, sendo 422 para a variante P.1 (Gama, brasileira). Dessas amostras, um paciente coletou duas amostras em períodos diferentes, sendo constatado P.1 em ambas, foi contabilizada apenas uma vez. Portanto, são considerados 421 casos de P.1; 1 caso de P.1.1 e 4 casos de P.1.2. Quanto a variante B.1.1.7 (Alpha – Reino Unido), são 10 resultados confirmados. Para a variante B.1.617.2 (Delta – indiana), até o momento são 7 confirmados.