Projeto Hidrosfera é apresentado em Santa Helena: um passo em direção à gestão sustentável da água
Na última quinta-feira (20), representantes do Itaipu Parquetec, da Itaipu Binacional e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) apresentaram o projeto Hidrosfera na Câmara Municipal de Santa Helena (PR). O projeto tem como objetivo monitorar o nível e analisar a qualidade das águas em poços inativos da Sanepar espalhados pelo aquífero Serra Geral, assim como a geração de informações estratégicas para a gestão eficiente dos recursos hídricos na Bacia do Paraná 3 (BP3).
De acordo com a pesquisadora Bianca do Amaral, “o Itaipu Parquetec entra com a parte da programação, coleta de dados em campo e as análises quantitativas para parâmetros de qualidade da água”. Além disso, parte das pesquisas são feitas em laboratórios da UFPR, em Curitiba, e outra parte é feita em laboratório dentro do parque.
O projeto é fundamental para a região, que vem passando por dificuldades hídricas nos últimos anos devido à estiagem e ao grande número de poços na região. Segundo levantamento feito pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, o município possui 98 poços e outros 294 particulares registrados, sem contar com os irregulares.
O professor Dr. Gustavo Barbosa Athayde, que está à frente dos estudos desde 2018, destacou a importância do projeto: “as águas subterrâneas são de extrema importância para a qualidade de vida humana e dos animais e por esse motivo devem ter uma atenção especial. Assim como nós precisamos ir ao médico, as águas precisam ser diagnosticadas”. Athayde disse ainda que “o momento é oportuno para debater políticas públicas, pois a região vem passando por uma estiagem que compromete a recarga das águas no aquífero”. Ainda que o momento seja de dificuldade com a captação de água, Santa Helena está em uma das melhores regiões produtoras de água do Paraná, no que diz respeito às águas subterrâneas. “E para que essas águas não se esgotem ou sejam contaminadas é necessário pensar junto com a comunidade em políticas públicas e planos de ações de curto, médio e longo prazos”, comentou o professor.
