Professor vai à Justiça para poder dar aulas sem se vacinar, mas tem pedido negado ao fazer comparação com campos de concentração

 Professor vai à Justiça para poder dar aulas sem se vacinar, mas tem pedido negado ao fazer comparação com campos de concentração

Um professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) entrou na Justiça para poder voltar a dar aulas sem se vacinar contra a Covid-19. Conforme a decisão, o homem fez uma comparação da exigência do comprovante a campos de concentração.

Esta é a segunda decisão da Justiça envolvendo a exigência de comprovante de vacinação da UEM. Na terça-feira (8), a 1ª Vara da Fazenda Pública negou uma liminar de uma estudante de Direito que queria frequentar atividades presenciais sem ter se vacinado.

A decisão que negou a liminar ao professor foi publicada na manhã desta quarta-feira (9). Conforme o documento, o professor faz parte do Departamento de Música há 18 anos e recebeu um comunicado que não poderia mais lecionar.

O juiz Frederico Mendes Júnior entendeu que a universidade tem autonomia para exigir o comprovante de vacinação para a retomada das atividades presenciais.

Além disso, o magistrado disse que a comparação do caso com Campos de Concentração Nazistas e com a Gulag Comunista é “uma demonstração de grande insensibilidade para com as vítimas destes governos autoritários”.

“Dito de outra forma, que fique claro: não há paralelo entre o governo autoritário da Alemanha nazista e o Estado Democrático de Direito no qual constitui-se a República Federativa do Brasil”, escreveu o juiz.

 

A decisão informa ainda que o professor apresentou um atestado médico que indicaria a contraindicação da vacina.

Entretanto, segundo a Justiça, a doença da qual o professor sofre não é indicada pelo atestado, e o médico adentrou em questões legislativas para justificar o documento.

Com isso, a liminar solicitada pelo professor foi indeferida pela Justiça.

O que diz a UEM

 

UEM informou que estudantes e servidores públicos que não se vacinaram nem seguirem os protocolos de biossegurança estarão sujeitos a faltas e sanções disciplinares.

A universidade reforça que a determinação é que alunos e servidores ainda não vacinados não frequentem as salas de aula.

Na quinta-feira (10), o Conselho de Administração (CAD) da UEM irá deliberar sobre as sanções que poderão ser impostas.

Fonte: G1 Paraná

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