“Pombo exorcista”: doença viral deixa pescoço de aves retorcido

 “Pombo exorcista”: doença viral deixa pescoço de aves retorcido

Uma doença viral que acomete especialmente aves comerciais e outras espécies aviárias está chamando atenção no Reino Unido após causar sintomas um tanto quanto peculiares em pombos. De acordo com informações do New York Post, os animais foram encontrados com o pescoço violentamente torcido e as asas trêmulas, além de estarem magros, apresentarem fezes verdes e não conseguirem se movimentar ou voar. As informações são do site Olhar Digital.

Chamada de PPMV ou doença de Newcastle, a condição é causada por um vírus do sorotipo Paramyxovirus aviário tipo 1 e pode acometer tanto a parte respiratória de aves, com tosses e espirros, como a cerebral, com sintomas neurológicos e manifestações nervosas. Aerossóis e secreções respiratórias são a principal via de transmissão (entre aves e humanos). O contato direto com secreções oculares e fezes de aves infectadas (via fecal-oral) também disseminam o vírus.

Outros sites gringos, como o The Sun, também estão relatando o surto da doença que, embora seja altamente contagiosa, geralmente não afeta humanos, mas é, sim, considerada uma zoonose. Assim, vale destacar que pessoas que manusearam os pombos infectados no atual caso desenvolveram conjuntivite, reação humana comum ao vírus.

Até agora, a infecção afetou um bando de aves na ilha de Jersey, onde algumas precisaram ser sacrificadas. Segundo declaração do JSPCA Animal’s Shelter, santuário que age em prol da causa animal, a doença é geralmente fatal.

“Houve um aumento no número de pombos de terra entrando no JSPCA Animals’ Shelter nas últimas semanas, muitos dos quais apresentando sinais neurológicos, como pescoço torcido, circulando ou incapazes de ficar de pé. Estes são todos sinais de paramixovírus de pombos, uma doença viral invariavelmente fatal que pode afetar pombos, rolas e aves”, disse um porta-voz do JSPCA Animal’s Shelter, em comunicado.

“O vírus pode sobreviver por mais tempo nos meses mais úmidos e frios, o que significa que grupos de casos são mais comuns nesta época do ano”, acrescentou, explicando que as poucas aves que sobrevivem também são sacrificadas para evitar a disseminação do vírus, já que não há um tratamento específico para a doença.

A única forma de prevenir o paramixovírus em pombos e outras aves é a vacinação das espécies expostas a fim de garantir uma biossegurança rigorosa em seus recintos, principalmente no que diz respeito a aves de cativeiro, onde a notificação de casos é obrigatória.

Com informações: Olhar Digital 

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