Operação Baby Shark: Polícia Civil de Apucarana realiza operação contra grupo criminoso

 Operação Baby Shark: Polícia Civil de Apucarana realiza operação contra grupo criminoso

A Polícia Civil do Paraná, por meio da 17º SDP de Apucarana, deflagrou, na data desta quinta-feira 29/08/2024, a OPERAÇÃO BABY SHARK, objetivando a desarticulação de uma estruturada Organização Criminosa.

O grupo criminoso, ora desarticulado, atuava há mais de 10 anos de forma estruturada com a finalidade de praticar diversos crimes, entre eles: Organização Criminosa, Lavagem de Dinheiro, Tráfico de Drogas, Associação para o Tráfico de Drogas e Financiamento para o Tráfico de Drogas.

A operação ocorreu de forma simultânea nos estados do Paraná e Santa Catarina, tendo sido empregados 245 agentes da Polícia Civil, 01 aeronave e 05 cachorros.

Foram expedidos 172 mandados judiciais, sendo, 69 mandados de Prisão Preventiva, 63 mandados de busca e apreensão, 40 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias.

Dentre as ordens de Busca e Apreensão encontram-se diversos veículos de alto padrão;

Durante 01 ano de investigação, a 17º SDP de Apucarana comprovou que a ORCRIM investigada, estruturou uma verdadeira “empresa criminosa” com uma complexa organização dividida em núcleos, responsáveis por condutas que faziam a engrenagem criminosa funcionar. A ORCRIM investigada, atuava de forma organizada e possuía centenas de pontos de vendas de drogas que eram instalados em imóveis que ora eram invadidos e seu proprietários eram expropriados, ora alugavam este imóveis, realizavam a adequação deste imóveis para funcionar como pontos de venda de drogas, que contavam com sistema de videomonitoramento que servia tanto para a fiscalização da comercialização das drogas como para monitorar a ação das forças de segurança;

Tamanha era a audácia, que as ações policiais eram transmitidas por meio de grupos de whatsapp, onde centenas de membros da ORCRIM, assistiam e ouviam a ação policial. O sistema de videomonitoramento também era estendido as vias públicas onde os mesmos possuíam dezenas de câmeras nas ruas (imóveis e postes públicos) e, assim acompanhavam a aproximação da policia a distancias que chegavam a mais de 05 quilômetros, dos pontos de venda de drogas.

O grupo criminoso agia com extrema violência, onde realizavam torturas de membros que praticavam “faltas” e usuários por dividas e inclusive divulgavam essas sessões de tortura a fim de que servisse de exemplo. Além de serem suspeitos de envolvimento em dezenas de homicídios realizados nos últimos anos.

Quanto ao núcleo financeiro a investigação apontou que os criminosos movimentaram mais de 17.000.000,00 com a venda de drogas, valor este apenas relacionados à transações por meio de PIX e maquinas de cartão de crédito, sem contar o valor em espécie que acredita-se que seja duas vezes maior que este valor identificado. Este núcleo financeiro realizou mais de 52.000 transações bancárias em pouco mais de 02 anos, por meio de dezenas de contas, onde empregavam diversas tipologias de lavagem de dinheiro visando impedir o rastreio dos valores e a identificação das lideranças que se utilizavam das contas das esposas e companheiras para se afastarem dos valores movimentados.

Ainda foi possível se comprovar que o grupo possuía um verdadeiro arsenal de armas de fogo onde dezenas de pistolas e armas longas foram apreendidas com membros deste grupo criminoso nos últimos anos.

Cabe também referenciar a realização de rifas pelo grupo criminoso e também videoclipes de funk’s que enalteciam os principais membros e demonstravam o poder bélico dos mesmos.

As prisões efetuadas referem-se tanto as principais lideranças do grupo, como também membros do núcleo financeiro, operacional e os “soldados” que auxiliavam as lideranças a manter a maquina criminosa em funcionamento. Cabendo destaque a atuação conjunta da Policia Civil, Ministério Público e Pode Judiciário, que atuaram de forma firme visando extirpar esta ORCRIM.

Tendo sendo determinada a transferência destas lideranças para estabelecimentos Federais de segurança máxima.

A ORCRIM mencionada representa um verdadeiro câncer que atormentava a população de bem residente nas áreas de domínio destes e que conviviam sob o medo e terror empregado pelos membros desta ORCRIM.

 

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