Manifestações contra alta dos combustíveis se intensificam no PR
Já são 4 dias de protestos em Londrina, organizados por caminhoneiros e motoristas de aplicativo contra os preços do diesel, álcool e gasolina, além do botijão de gás. Eles bloqueiam as saídas do Pool de Combustíveis, uma central distribuidora de combustível e gás de cozinha que atende várias empresas. O bloqueio impede a chegada e saída dos produtos e pode deixar as bombas da região vazias em breve. Manifestações também acontecem em Curitiba, na BR116, na Linha Verde, mas nesse caso sem interrupção do fluxo. Motoboys e motoristas de aplicativo se posicionam com cartazes à margem da rodovia.
Uma das faixas diz: “Se não baixar, o Brasil vai parar!” Na terça-feira, um dia depois de a Petrobras anunciar o 5º aumento do ano, as duas categorias e também caminhoneiros fizeram protesto em frente a Repar, refinaria da empresa em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Os caminhoneiros não descartam a possibilidade de fechamento de estradas de acesso à capital. De acordo com Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o diesel acumulou altas de 11% e a gasolina, de 8%, só em fevereiro.
A estatal segue a cotação internacional do petróleo para calcular os reajustes, uma política de preços iniciada no governo Michel Temer e que trouxe lucros recordes à companhia. O assunto está na pauta do presidente Jair Bolsonaro que já anunciou a demissão de Castello Branco da presidência da estatal e indicou o general Joaquim Silva e Luna para o cargo. O general atualmente é diretor-geral brasileiro da Itaipu. O mandato de Castello Branco acaba em 20 de março e a troca ainda precisa ser deliberada pelo Conselho de Administração da Petrobras.
Por: Amanda Yargas/ Aerp.