O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a política do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de combate militar aos cartéis de drogas na América Latina, afirmando que traficantes de drogas também são vítimas dos usuários.
Crítica à Política de Combate às Drogas
- Relação de Sustentação: Em entrevista coletiva em Jacarta, Indonésia, Lula sugeriu uma interdependência, afirmando: “Os usuários são responsáveis pelos traficantes que são vítimas dos usuários também. Você tem uma troca de gente que vende porque tem gente que compra, de gente que compra porque tem gente que vende”.
- Foco Interno: Lula defendeu que Trump deveria priorizar o combate ao uso das drogas internamente nos EUA, focando nos viciados, em vez de promover ações militares externas.
- Crítica Militar: O presidente condenou as operações de Trump no Mar do Caribe contra facções acusadas pelos EUA de serem venezuelanas, que envolvem caças, navios de guerra e cerca de 10 mil homens. Essas operações são vistas pelo governo brasileiro como uma ameaça de intervenção militar na Venezuela e um risco de desestabilização na América do Sul.
- Rejeição ao “Terrorismo”: Lula rejeitou a classificação de narcotraficantes feita por Trump, que os comparou a grupos terroristas radicais como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico.
Defesa da Soberania e Cooperação
Lula defendeu o respeito à soberania territorial e a autodeterminação dos povos.
- Método Legal: Ele criticou a política militar de Trump, dizendo que o correto é prender, julgar e punir as pessoas “de acordo com a lei”, e não falar em “matar as pessoas”.
- Diálogo e Cooperação: Lula sugeriu que seria mais eficaz uma cooperação policial conjunta entre os EUA, a polícia e o Ministério da Justiça dos outros países.
- Próxima Reunião: Ele manifestou o desejo de discutir o tema com Trump na reunião marcada para domingo, dia 26, em Kuala Lumpur, Malásia, caso o tema seja colocado em pauta.




