Lula critica prolongamento da greve dos docentes federais
Nesta segunda-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a prolongada greve dos professores e técnicos das universidades e institutos federais. Ele afirmou que os recursos negociados com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para a recomposição salarial dos docentes e servidores são “irrecusáveis”. Em uma reunião pública com reitores no Palácio do Planalto, Lula enfatizou a necessidade de encerrar a greve, que já dura desde 15 de abril e afeta cerca de 560 unidades de ensino em 26 estados.
Lula anunciou a destinação de R$ 5,5 bilhões do Ministério da Educação (MEC) para obras e custeio do ensino técnico e superior, incluindo a construção de dez novos campi universitários e oito novos hospitais universitários federais. Ele destacou que as greves devem ter início e fim, e que é responsabilidade dos líderes sindicais negociar e tomar decisões, mesmo que não sejam ideais.
Durante o evento, a reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, e o reitor do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), Elias Monteiro, expressaram preocupações com a defasagem salarial dos docentes e servidores e pediram que o governo avance nas negociações para encerrar a greve. As negociações continuam, com uma reunião prevista entre representantes sindicais e o governo amanhã (11) e outra com os professores federais na sexta-feira (14).
O governo apresentou uma proposta final de reajustes escalonados entre 13,3% e 31% até 2026, com aumentos maiores para os que recebem menos. A proposta visa acumular aumentos entre 23% e 43% ao longo de quatro anos, considerando o reajuste linear de 9% concedido em 2023.