Klabin constrói primeira planta integrada de ácido sulfúrico do Brasil, usando gases recuperados do processo
A Klabin está construindo no Projeto Puma II, junto com a nova linha de produção de papéis para embalagens em Ortigueira (PR), a primeira planta de ácido sulfúrico integrada a uma fábrica de celulose e papel do Brasil, que tornará a unidade autossuficiente na produção do composto químico. Fornecida pela Andritz, a planta aproveitará os gases residuais do processo de cozimento da madeira para transformá-los em ácido sulfúrico, que será aproveitado na própria produção de celulose e papel da fábrica.
O ácido sulfúrico é um dos principais insumos de uma fábrica de celulose. “A implantação de uma planta como esta significa aproveitar com inteligência os subprodutos gerados ao longo da cadeia produtiva em produtos economicamente utilizáveis e ecologicamente sustentáveis, agregando valor à nossa produção”, explicou o gerente de projetos da área de Recuperação e Utilidades da Klabin, Walter Oliveira.
O ácido sulfúrico é utilizado em várias partes do processo produtivo, como nas Máquinas de Secagem, na planta de Tall Oil e nas Linhas de Fibras, entre outras. Essa nova tecnologia, além de estar alinhada à sustentabilidade que a Klabin busca implantar em todas as fases do processo, com tecnologias ambientalmente responsáveis, também viabiliza a redução de custos com a própria produção do ácido sulfúrico e maior independência para a obtenção do insumo. “A Unidade Puma e o Projeto Puma II, desde o início de seus estudos, foram projetadas com tecnologias capazes de aumentar a autossuficiência das fábricas. Isso aprimora o cuidado com o meio ambiente, que é uma das premissas da Companhia, além de contribuir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU (Organização das Nações Unidas)”, comenta João Braga, Gerente Geral do Projeto Puma II.
ENERGIA RENOVÁVEL E REDUÇÃO DE EMISSÕES – A autossuficiência em ácido sulfúrico é apenas um dos exemplos que faz da Klabin e do Projeto Puma II, modelo em sustentabilidade. A Planta de Gaseificação de Biomassa, por exemplo, será responsável por fornecer combustível renovável ao Forno de Cal 2, com a capacidade de carga térmica de 51 MW, substituindo o uso de óleo combustível de origem fóssil. O processo utilizará biomassa e, com isso, reduzirá a “pegada de carbono” da fábrica. Na nova unidade, também será instalado o Turbogerador 3 (TG-3), que tem a finalidade de transformar a energia térmica do vapor (produzido nas Caldeiras de Recuperação e Força, com base em biomassa) em energia elétrica. A energia gerada no conjunto de 3 turbinas da Unidade Puma será utilizada para atender a própria demanda, a da nova fábrica e ainda haverá excedente que será comercializado o suficiente para sustentar o consumo médio de 250 mil residências.
REDUÇÃO NO USO DE ÁGUA – Outro ponto de destaque é a economia de água, prática já implementada no Projeto Puma II. Desde o início das obras de expansão da Unidade Puma, fábrica de celulose em Ortigueira (PR), foram economizados 42.252 m³ de água tratada com a reutilização de água da chuva e do efluente tratado, destinados para a limpeza das ruas internas do canteiro de obras. Durante a operação da unidade fabril, o reaproveitamento da água da chuva continuará no Pátio de Contêineres, que terá um sistema de captação de água para reaproveitamento na limpeza dos equipamentos, e também será mantida a rotina de utilização da água das chuvas (armazenadas em duas lagoas pluviais) para a limpezas de ruas e de áreas externas.
Sobre a Klabin
A Klabin é a maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, única Companhia do país a oferecer ao mercado uma solução em celuloses de fibra curta, fibra longa e fluff, e líder nos mercados de embalagens de papelão ondulado e sacos industriais. Fundada em 1899, possui 23 unidades industriais no Brasil e uma na Argentina. Somente no Paraná, gera mais de 10 mil empregos (diretos e indiretos), em mais de 25 municípios próximos das operações da companhia, principalmente, na região dos Campos Gerais.
A empresa é pioneira na adoção do manejo florestal em forma de mosaico, que consiste na formação de florestas plantadas entremeadas a matas nativas preservadas, formando corredores ecológicos que auxiliam na manutenção da biodiversidade. A área florestal da companhia no Paraná compreende o total de 342 mil hectares, sendo 142 mil de mata nativa. A Klabin também mantém um Parque Ecológico, na Fazenda Monte Alegre, em Telêmaco Borba, para fins de pesquisa e conservação, atuando no acolhimento e reabilitação de animais silvestres vítimas de acidentes ou maus-tratos, auxiliando o trabalho de órgãos ambientais. Além de contribuir para a preservação da flora e fauna da região, inclusive de espécies ameaçadas de extinção.
Toda a gestão da empresa está orientada para o Desenvolvimento Sustentável. Na região dos Campos Gerais a Klabin desenvolve boa parte dos seus programas socioambientais, com destaque para “Matas Sociais – Planejando Propriedades Sustentáveis”, Matas Legais, Projeto de Resíduos Sólidos, Programa Caiubi, Força Verde Mirim e Protetores Ambientais.A Klabin integra, desde 2014, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da B3, e em 2020 passou a integrar o Índice Dow Jones de Sustentabilidade, com participação em duas carteiras: Índice Mundial e Índice Mercados Emergentes. Também é signatária do Pacto Global da ONU e do Pacto Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, buscando fornecedores e parceiros de negócio que sigam os mesmos valores de ética, transparência e respeito aos princípios de sustentabilidade.