João Maria de Jesus e o Turismo Religioso

 João Maria de Jesus e o Turismo Religioso

João Maria de Jesus, surgiu misteriosamente no Paraná e Santa Catarina, tendo vivido entre os anos de 1886 e 1908, em uma época de grandes mudanças sociais, quando a assistência médica e a educação tinham pouca penetração no interior do país, e o aconselhamento embasado na religião, a cura por ervas, água e milagres eram os únicos recursos acessíveis da população carente e pouco assistida. Os humildes encontraram nele apoio para enfrentar a penúria e a desesperança.

Acredita-se que seu verdadeiro nome é Atanás Marcaf. Em 1897, diria: “Eu nasci no mar, criei-me em Buenos Aires e faz onze anos que tive um sonho, percebendo nele claramente que devia caminhar pelo mundo durante quatorze anos, sem comer carne nas quartas-feiras, sextas-feiras e sábados, sem pousar na casa de outros. Vi-o claramente”.

Há controvérsias sobre seu desaparecimento, segundo alguns historiadores, ocorrido por volta de 1900, e segundo outros por volta de 1907 ou 1908. Num dos seus retratos da época há a legenda “João Maria de Jesus, profeta com 188 anos.

Apesar de serem três (João Maria de Jesus é facilmente confundido com os Monges: João Maria De Agostini e José Maria de Santo Agostinho), o povo, por meio de lendas e folclore, uniu-os em um, que ficou conhecido como São João Maria, considerado na época o monge dos excluídos. Estão historicamente unidos de tal forma que muitas vezes é difícil separar seus feitos e suas vidas.

Há relatos de sua passagem em nossa região, mais precisamente em Ortigueira, Faxinal, Marilândia do Sul, Ivaiporã, Cândido de Abreu e Rio Branco do Ivaí.

Aqui destacamos a Capela em homenagem ao Monge e a bica por ele abençoada em Rio Branco do Ivaí. O local é mantido pela Prefeitura Municipal, por devotos, voluntários e a comunidade local, que zelam do local que consideram abençoado, onde muitas curas ali já foram testemunhadas. Por esses motivos o local é visitado por pessoas de vários lugares que ali pagam promessas, bebem da água que nunca secou e por muitas vezes novenas e missas foram rezadas no local.

Essa é a Fé popular que alimenta o turismo religioso e preserva a cultura do Paraná.

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