Estudo aponta que 13% dos animais com tutores infectados testam positivos para covid-19
Desde outubro de 2020, um projeto de pesquisa coordenada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) tem realizado exames em animais de estimação de tutores que testaram positivo para o novo coronavírus. O estudo, que abrange seis capitais brasileiras, testou até agora 111 animais. Desses, 15 apresentaram resultado positivo para a presença do vírus SARS-CoV-2, o que representa 13,5%. Eram cães e gatos de Curitiba, São Paulo, Campo Grande, Cuiabá, Belo Horizonte e Recife.
O objetivo do estudo é avaliar, ao todo, cerca de mil animais domésticos para identificar a suscetibilidade e o papel de cães e gatos como reservatórios do vírus. Os pesquisadores destacam que, até o momento, não há indícios de que os pets transmitam o vírus para humanos. Os casos revelam o contrário: foram os tutores infectados que contaminaram seus animais. Também não há confirmação de que cães possam desenvolver a doença causada pelo coronavírus, a Covid-19.
Além de cães e gatos, outros animais podem ser contaminados com o novo coronavírus. A Organização Mundial da Saúde Animal já identificou infecções em furões, gorilas, tigres, leões, leopardos, pumas e visons e considera que todas essas espécies são sensíveis e podem desenvolver sinais clínicos da Covid-19.