COP28: Indústria brasileira pode ser modelo de sustentabilidade”, diz vice-presidente da FIEP
A participação da empresária e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Carmen Lúcia Izquierdo Martins, na 28ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), realizada recentemente em Dubai, segue repercutindo positivamente no Estado.
A também primeira-dama de Apucarana, Carmen Lúcia, fez parte da comitiva oficial da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), representando a FIEP. “Participei da COP 28 na semana mais voltada à indústria. Foram diversos painéis, tanto no pavilhão Brasil, como no Pavilhão CNI, integrando a maior delegação brasileira de todas as COPs”,comenta a empresária .
Ela relata que acompanhou muitas alternativas, novas tecnologias, novas tendências em descarbonização e energias renováveis, tudo visando tornar a indústria mais verde. “Fomos à COP 28 para divulgar que o Brasil já é um dos países mais sustentáveis, com energias hídrica, solar e eólica. Mostramos que o Brasil pode ser protagonista nesta fase da nova indústria verde”, explicou Carmen Lúcia.
A vice-presidente da FIEP pontua que as metas acordadas na COP 28 foram triplicar as energias renováveis em âmbito mundial até 2030 e agilizar a substituição do uso de combustíveis fósseis. “Este é o cenário almejado para a indústria mundial. E, nesse segmento, o Brasil pode ser modelo pois já tem iniciativas consolidadas e um cenário favorável para essas mudanças. O país se comprometeu, junto dos demais integrantes, a reduzir 48% das emissões desses gases até 2025 e 53% até 2030”, informa a empresária.
A comitiva da CNI contou com mais de 100 empresários e um estande próprio na área gerenciada pela ONU, onde aconteceram as principais negociações e debates da conferência. Também participou do Pavilhão Brasil e, principalmente, de painéis sobre descarbonização, economia verde e biocombustíveis.
A vice-presidente da Fiep, Carmen Lúcia Izquierdo, assinala que o Brasil tem grandes chances de estar à frente das demandas globais apresentadas. “A indústria brasileira já emite menos carbono, mas isso não é tão divulgado ou conhecido. A matriz energética do país é composta 92% por fontes renováveis e já há uma pegada menor de carbono”, defende.
Carmen Lúcia reforça ainda que é preciso fazer uma neo-industrialização verde, divulgar mais as políticas da indústria, especialmente da produção do agro, para que exista uma forte transformação da imagem que as pessoas formam sobre a atividade.
Outro ponto importante, segundo Carmen Izquierdo, é a regulamentação do Mercado de Carbono no Brasil, que deve fazer o país ser o grande protagonista mundial dessa pauta, já que é um dos principais celeiros de serviço ambiental e de sequestro de carbono.