Colheita da soja sofre atraso em decorrência do excesso de chuvas

 Colheita da soja sofre atraso em decorrência do excesso de chuvas

O excesso de chuvas registrado nos últimos dias em praticamente todas as regiões produtivas do Brasil tem afetado a colheita de soja. No Paraná, a maioria dos produtores rurais não conseguiu realizar a operação de colheita nos dias previstos, o que deve atrasar o plantio do milho safrinha. Portanto, é essencial que o cooperado Cocari procure o seu consultor técnico para planejarem juntos a melhor opção para a propriedade.

A safra 2022/2023 começou promissora, mesmo com um certo atraso na colheita da soja, de aproximadamente 10 dias, já sendo esperado. Este atraso aconteceu em decorrência de um alongamento no ciclo do cultivar, por conta de chuvas em estágios anteriores.

No entanto, com as chuvas retornando neste período de colheita, o atraso deverá ser maior. Sem tempo firme, os produtores rurais não conseguem colocar o maquinário no campo. O Departamento Técnico (Detec) da Cocari estima que o plantio do milho deva ser atrasado em aproximadamente 20 dias.

Rodrigo Rombaldi, supervisor técnico da Cocari para a região do chamado Paraná Baixo, explica que o período chuvoso também afeta a qualidade da soja. “A chuva aumenta as chances de fungos se desenvolverem na lavoura, sobretudo quando as vagens já estão abertas. A água se acumula dentro da vagem, gerando aquilo que chamamos de ‘grão ardido’, que é um grão ruim”. A região está com a colheita 28% realizada.

Segundo ele, é preciso paciência. “O jeito é esperar e se preparar para alguma janela de dias ensolarados. Nos próximos dias, isto deve ocorrer. É preciso também estar atento à ferrugem asiática, que estimamos já ter causado 20% de perdas nas lavouras”, afirma.

Fábio Ribeiro, também supervisor técnico da Cocari, porém da região do Paraná Alto, ressalta que o atraso na colheita da soja acaba sendo mais prejudicial para a cultura do milho, que já está no final da janela de plantio. “Por isso, alguns produtores já estão optando por mudar o planejamento e, ao invés de milho, plantar trigo após a colheita da soja. Propriedades que estão em regiões mais altas e com clima mais ameno estão mais propícias a fazerem esta mudança”. Segundo ele, algumas regiões do Paraná Alto já colheram mais de 50% do total plantado. Já outras ainda giram em torno de 10%.

De acordo com Ribeiro, o ideal é que o cooperado Cocari entre em contato com o seu consultor técnico. “É importante sentar e conversar com o consultor para definir qual a melhor estratégia com base nas características da sua propriedade. Também é possível discutir sobre linhas de crédito, insumos que por ventura precisem ser administrados e demais necessidades”, diz.

Cerrado

No Cerrado, o volume de chuvas tem sido menor, o que tem atrapalhado menos o produtor. “Tem chovido quase sempre no período da manhã, mas à tarde o sol se abre e a colheita tem sido feita sem atrasos”, destaca o supervisor técnico da Cocari para o Estado de Goiás, Thiago Guerra. Segundo ele, a colheita está em 42%.

Em Minas Gerais, a situação é semelhante. O supervisor técnico da Cocari para o Estado, Daniel Lemes, afirma que não tem havido perdas na soja. “Hoje, a colheita está na casa dos 55%. O atraso que tivemos foi por conta das chuvas na época do plantio. Mas, depois disso, tudo tem ocorrido conforme o planejado”.

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