Casos de Covid-19 voltam a crescer e geram alerta para atualização vacinal em Apucarana

 Casos de Covid-19 voltam a crescer e geram alerta para atualização vacinal em Apucarana

Monitoramento semanal realizado pela Autarquia de Saúde da Prefeitura de Apucarana revela que o número de pacientes positivados pelo vírus da Covid-19 vem crescendo gradativamente no município. Boletim emitido nesta terça-feira (24/10) pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica trouxe a confirmação de 57 casos, o que corresponde a mais que o dobro do registrado na semana anterior (25 casos). “A incidência da doença tem sido maior entre pessoas com idades entre os 20 e 40 anos. Mas temos um caso de um paciente de 90 anos e de uma criança de um ano de idade”, informa Dr. Emídio Bachiega, secretário municipal da Saúde.

Ele esclarece que o avanço no número de casos de Covid-19 também tem sido percebido em todo o Paraná. Nos 23 dias de outubro, boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou 6.421 casos, número mais expressivo desde maio. “O boletim estadual traz ainda o registro de 28 mortes neste mês em todo o Estado”, alerta Bachiega.

Além de um cenário de preocupação entre os gestores públicos e autoridades em Saúde, o atual quadro epidemiológico, frisa o prefeito Júnior da Femac, reforça a necessidade da atualização do esquema vacinal por parte da população. “Ao longo da pandemia, o imunizante mostrou ser seguro e eficaz. O que verificou-se é que com o distanciamento do pico da pandemia, grande parte das pessoas deixou de se preocupar com a questão da imunização, e este relaxamento está se refletindo neste instante, com o aumento gradativo de casos. Não podemos permitir o retorno desta doença, que ceifa vidas, destrói famílias, economias, empreendimentos. Conclamo a população para procurar os pontos de vacinação para atualização do esquema vacinal”, solicitou o prefeito de Apucarana.

As vacinas contra a Covid-19 estão preconizadas para todas as pessoas acima de 6 meses de idade. Em Apucarana, o imunizante está disponível em todas as 26 unidades básicas de saúde (UBS) com sala de vacina. “O atendimento é de segunda-feira a sexta-feira, de 8 horas às 16h30, sendo que em quatro delas (UBS Antônio Sacchelli, Raul Castilho, Dom Romeu e Jardim Ponta Grossa) o horário é estendido até as 20h30”, informa o enfermeiro Luciano Simplício Sobrinho, coordenador da Divisão de Vigilância Epidemiológica.

Ele frisa que além da busca pela imunização, a população e profissionais de saúde ainda devem seguir protocolos visando evitar maior disseminação do vírus da Covid-19. “Apesar da pandemia global ter passado, o vírus continua circulante e por isto é imprescindível a manutenção de condutas preventivas. A vacina reduz o risco da pessoa ficar gravemente doente se pegar Covid-19. Mas mesmo que a pessoa esteja vacinada, ainda pode pegá-la e transmiti-la a outras pessoas, mesmo que não tenha nenhum sintoma. Por isso, as medidas de prevenção contra a doença devem continuar a ser adotadas por todos”, assinala Simplício.

Em caráter obrigatório, segue em vigor resolução estadual que preconiza a utilização da proteção (uso de máscara) por indivíduos com suspeita ou confirmação da doença, além

de trabalhadores de saúde que tenham acesso direto a pacientes com suspeita ou diagnóstico de Covid-19. “É ainda recomendado o uso de máscaras em estabelecimentos de assistência à saúde, pessoas com sintomas respiratórios gripais, imunocomprometidas, não vacinadas contra a Covid-19 ou com esquema vacinal incompleto, idosos, gestantes e puérperas com ou sem comorbidades, funcionários e visitantes de instituições de longa permanência para idosos e em ambientes fechados, de acesso coletivo, onde o distanciamento físico entre pessoas não possa ser assegurado”, frisa Luciano Simplício Sobrinho, coordenador da Divisão de Vigilância Epidemiológica.

Outras medidas importantes são lavar as mãos com água e sabonete líquido ou usar álcool 70% com frequência, principalmente após tossir, espirrar e assoar o nariz, antes de comer ou manusear alimentos. “Evitar tocar boca, nariz, olhos e rosto com as mãos não higienizadas. Não compartilhar objetos e utensílios pessoais, limpar e desinfetar o ambiente e superfícies, especialmente em áreas frequentemente tocadas como maçanetas, controles remotos, e áreas compartilhadas, como cozinhas e banheiros”, cita Simplício, lembrando ainda da importância da manutenção das janelas externas abertas e os ambientes (residenciais ou comerciais) bem ventilados, preferencialmente de forma natural.

Para lembrar – A Covid-19 é a doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. Os sintomas mais comuns incluem tosse, falta de ar, dor de cabeça (cefaleia), febre, calafrios, dor de garganta, coriza, diarreia ou outros sintomas gastrointestinais, perda parcial ou total do olfato (hiposmia/anosmia) diminuição ou perda total do paladar (hipogeusia/ageusia), dores musculares, dores no corpo (mialgia) e cansaço ou fadiga.

Outras notícias