Caravana Requião movimentou apoiadores na quinta-feira em Apucarana

 Caravana Requião movimentou apoiadores na quinta-feira em Apucarana

Assessoria – Nem a chuva forte que atingiu a região centro-norte do Paraná nesta quinta-feira trouxe qualquer dificuldade para lotar o salão do Cristal Palace Eventos, em Apucarana, para receber a primeira edição de 2022 da Caravana Requião. Centenas de apoiadores, líderes políticos, representantes das centrais sindicais e autoridades regionais fizeram questão de prestigiar o evento, que contou com a abertura e as boas-vindas da representante do PT de Apucarana, Marli de Castro, e o ex-presidente da Câmara Municipal, João Batista Cardoso.

O ex-prefeito de Arapongas e ex-deputado estadual do MDB, Waldyr Pugliesi, também esteve presente e destacou o papel histórico e político de Requião ao longo dos últimos 40 anos. Ele falou que o legado do ex-governador é reconhecido em todo Brasil.

“O Requião é maior que o atual MDB, partido traidor das bandeiras que sempre defendemos. Tenho orgulho de dizer que o Requião se tornou uma das figuras políticas mais importantes do país. É um homem generoso e é quem mais tem experiência em gestão pública no Brasil, com programas que marcaram seus três mandatos como governador e que tanto beneficiaram a população paranaense. Por isso, é nossa obrigação agora apoiá-lo, para vermos isso tudo acontecendo outra vez, ao lado de Lula presidente do Brasil”.

A presidente da APP Sindicato, professora Marlene Pavani, relembrou as ações do Governo Requião para a Educação, que estão guardadas na memória e no coração de todos professores e funcionários das escolas paranaenses.

“Eram projetos que faziam a diferença na sala de aula e até a merenda escolar era outra. Atualmente, temos sofrido tanto descaso na Educação, com salas super lotadas, merenda sem qualidade, e, especialmente no período de pandemia, acumulamos muitas cobranças e o ‘mínimo de incentivo por parte do Governo. Por isso nós confiamos em você, Requião, no projeto que você tem para o Estado do Paraná, não só para a Educação, mas para a Saúde, a Segurança e todos os demais setores”.

Por fim, ela ainda cumprimentou os deputados Arilson Chiorato, Professor Lemos e Requião Filho, reconhecendo o importante papel que os parlamentares têm representado na Assembleia Legislativa, lutando ao lado do povo e dos servidores públicos, para tentar barrar as barbaridades do Governo Ratinho Jr.

 

Na sequência, representando o Movimento Sem Terra, Lucas Nogueira falou da alegria dos pequenos agricultores paranaenses, nessa semana, em que receberam no Estado a visita do ex-presidente Lula, para a filiação de Roberto Requião ao Partido dos Trabalhadores.

“É com muita alegria que vemos estas forças unidas, dispostas a lutar para terminarmos este ano vitoriosos. Essas pré-candidaturas são muito importantes e representativas, em especial esse gesto do Requião de se colocar à disposição para se filiar ao PT e se juntar a nós, nessa mobilização para derrotar esse Governo. Contem conosco para todas as batalhas que certamente virão e para celebrarmos tudo isso, ao final, o momento da vitória”.

 

Presente em todas as edições da Caravana em 2021, Márcio Kieller, Presidente da Central Única dos Trabalhadores do Paraná, também veio a Apucarana participar do evento e destacou, em sua fala, o diálogo que Requião sempre teve com as classes sindicais.

“O Requião sempre chamou as centrais sindicais para conversar. E, duas semanas atrás, fizemos uma carta com todas as demandas que temos pra trabalhar daqui pra frente. O que o Ratinho faz? Quebra a espinha dorsal da organização dos trabalhadores, vira as costas para a população e isso não podemos mais permitir. No mundo globalizado em que vivemos, queremos participar, estar junto nas decisões. Na Assembleia Legislativa, atualmente, só quem chama a gente pra essas discussões são os companheiros Arilson, Lemos, e o Requião Filho. Essa bancada de deputados estaduais está fazendo a discussão que precisa ser feita. Só eles dialogam com as entidades de maneira franca e se dispõem a conversar com a sociedade. Precisamos de mais nomes assim, nos representando no legislativo estadual. E assim como o Lula e o Requião, eles nos representam e estão ao lado dos trabalhadores. E Requião, sei que você não gosta que a gente diga isso, mas é a mais pura verdade, nós precisamos mais de você nesse momento do que você de nós. Estamos juntos nessa luta, companheiro”.

Representando a Força Sindical, Valdir de Souza, do Sindicato dos Metalúrgicos da região, pediu que o povo abra os olhos para saber identificar quem realmente está comprometido com a causa dos trabalhadores.

“O Requião é duro na fala, mas reconhece o valor dos sindicatos e dos trabalhadores do Paraná. Assim como o Lula, a gente vai pra mesa, negocia, e não precisamos pedir esmola. É esse tipo de compromisso que acreditamos e apoiamos, porque os grandes empresários não sabem o que é passar fome ou viver com um salário de miséria. O Requião é diferente, sempre foi aberto a melhorar o piso salarial das categorias e, ao seu lado, vamos trabalhar novamente, com as centrais em conjunto, para recuperar nosso salário regional”.

Deputados Estaduais

 

Para abrir as falas dos deputados estaduais, Professor Lemos começou agradecendo a presença de todos e às lideranças que caminham juntas nessa Caravana, pensando projetos para construir um Paraná do qual possamos nos orgulhar.

“O Requião e o Lula são as nossas esperanças, para resgatarmos a carreira dos funcionários e investirmos pesado em Educação, nas nossas universidades, na Educação básica, a trazer de volta projetos importantes como o Fera, que promovia estímulos valiosos para o desenvolvimento da nossa juventude. Requião representa a esperança de termos novamente programas sociais para a agricultura familiar, para colocar a Copel e a Sanepar à serviço do nosso povo, valorizar o servidor público da Educação à Polícia Militar. Requião foi governador três vezes e nunca precisamos fazer greve, tivemos embates, discutimos muito, mas ele, na seriedade, nos recebia, debatia, e a gente avançava. E, com ele, vamos voltar a se desenvolver, a crescer e a ser feliz. Precisamos de um governo que seja solidário, fraterno e justo”.

 

O mais novo deputado filiado ao Partido dos Trabalhadores, Requião Filho, fez questão de esclarecer o porquê tomou esta decisão em sua carreira política.

“Foi o caminho mais lógico. Quando me elegi deputado pela primeira vez, pelo MDB, em 2014, quem estava ao meu lado na bancada da oposição da Assembleia Legislativa? Os emedebistas? Não, saíram todos negociando cargos. Ficaram ao meu lado somente os deputados do PT, defendendo o interesse público. Depois quando me reelegi em 2018, fui o quarto deputado mais votado do Estado, ainda pelo MDB. E quem ficou ao meu lado ao longo desses anos na bancada de oposição, defendendo nossas bandeiras? Os deputados do MDB? Não, foram novamente os deputados do PT. Então quando algumas pessoas chegam e começam a questionar minha decisão, eu logo falo: eu vim para o PT porque só aqui eu tenho a liberdade de defender as bandeiras e ideais que representam os votos das pessoas que me colocaram na Assembleia Legislativa. E sei que aqui posso continuar meu trabalho de cabeça erguida, porque não me vendi, e posso estar ao lado de uma bancada que pode, definitivamente, fazer a diferença na próxima legislatura. E agora, estou também ao lado de uma militância que vai botar o rato pra correr, e vai eleger de novo Requião Governador e o Lula Presidente”.

 

Requião Filho ainda enumerou os feitos dos três governos de seu pai e destacou que Requião não fez nada sozinho, pois tinha um secretariado competente, uma boa equipe em cada canto do Estado, trabalhando em favor do interesse público.

Para o deputado Arilson Chiorato, que também é líder da oposição na ALEP e presidente do Partido dos Trabalhadores no Paraná, um dos maiores orgulhos da sua carreira política foi ter assinado a ficha de filiação de Roberto Requião ao PT, ato que ocorreu na última semana na presença do ex-presidente Lula, em Curitiba.

“Estou extremamente realizado por isso, porque apesar de estar ainda no meu primeiro mandato, tive essa oportunidade. E é um grande motivo de orgulho, porque meu pai era do MDB e eu, ainda guri, já admirava este grande governador. Que orgulho poder fazer parte dessa história! Quero inclusive agradecer, de coração a todas as dezenas de pessoas que já nos procuraram aqui hoje, em Apucarana, para assinar suas filiações ao PT e participar desse movimento de transformação junto conosco. Essa é a Caravana da Esperança que pretende devolver o Paraná ao povo paranaense”.

Arilson criticou o atual governo, por justamente não dar ouvidos à população de seu Estado e virar as costas aos paranaenses, num momento tão difícil quanto foi o da pandemia.

“Vivemos nos últimos anos, sucessivos aumentos nas contas de água e luz, diferente de quando o Requião governou o Paraná, onde tivemos as tarifas congeladas e tínhamos o controle da Copel e da Sanepar, onde o lucro era revertido para programas sociais que beneficiavam a população. Mas hoje temos um governo que renunciou 17 bilhões de reais em impostos para sabe se lá quem. Precisamos de você novamente, Requião, para tirar o Paraná das patas do rato e devolver ao povo paranaense. Chega desse povo que taí! Queremos alguém que olhe nos nossos olhos e traga esperança para os trabalhadores, chega de falsas promessas, queremos novamente alguém transformou o Paraná de verdade”.

Antes da fala de Requião, o professor Caetano, filho de pequenos agricultores do Paraná, foi chamado para apresentar uma canção de sua autoria em homenagem às famílias de produtores rurais, que dedicam suas vidas à plantar a comida que vai pra mesa da população. Na letra, o músico destacou o papel importante da agroecologia e, no refrão, enfatizou a frase que diz: ”Se a gente puder plantar sem matar, a gente vai comer sem morrer”.

Após muitos aplausos, Requião abriu seu discurso falando sobre a importância do diálogo e da indignação que move sua vida, hoje, aos 81 anos, e com disposição para concorrer ao quarto mandato como Governador do Paraná. Falou da pobreza que assombra a sociedade e lembrou sua trajetória como governador, os programas que deram certo em períodos de crise, e da necessidade de termos uma candidatura que não represente apenas os ideais de um partido, mas que esteja comprometida com a recuperação do Paraná e do Brasil.

“Nós somos pré-candidatos de um movimento disposto a corrigir os erros do que fizeram com nosso Estado e com nosso país. Não adianta plantar dólar, quando na verdade precisamos é resolver o problema da fome no país. Temos que estabelecer cotas no plantio da nossa agricultura e apostar pesadamente nas pequenas e médias propriedades, com programas de fomento”.

Requião aproveitou a deixa para responder às críticas que vem recebendo nos últimos dias, a respeito de uma fala sobre o direito social à terra para o plantio de alimentos, num evento realizado junto a representantes do Movimento Sem Terra, em Londrina.

“Fiz uma provocação naquele dia. Se uma população de trabalhadores sem casa pra morar, sem terra pra lavrar, pra plantar e pra colher, desesperadamente pedir o auxílio do governo, não respeitarei títulos de propriedades dadas a uma reserva de valor, de terras improdutivas, porque a única coisa que justifica a propriedade é sua utilidade social. A terra abandonada, apenas como reserva de valor, tem que ser submetida ao interesse público, a quem vai botar alimento na mesa. Então, a nossa proposta agrária hoje é valorizar um programa sustentável e agroecológico, como este desenvolvido no Estado pelo MST. A agricultura familiar, o pequeno e médio produtor rural tem que ser apoiados duramente. Mas temos que fazer como a Inglaterra e a França, onde existem cotas em terras de grandes produtores para que possam garantir espaço em suas propriedades, para a diversidade de cultivo, para pensar na alimentação das pessoas. Vamos repetir o Governo que fizemos, mas com mais inteligência e experiencias mais aperfeiçoadas”, destacou.

O ex-governador também destacou ações que deram certo na Educação, em seus três mandatos, lembrou as escolas que implantou nas comunidades do MST, das batalhas que levaram o Paraná a ser o melhor ensino do país, com investimentos em diferentes programas, mas especialmente na formação continuada dos professores. Requião também criticou os altos lucros da Copel, que hoje são destinados a acionistas estrangeiros e não reinvestidos no Estado.

“Queremos e podemos reverter tudo isso, estabelecer um programa eficiente, transformador, sem base em sonhos impossíveis, mas sem a covardia dos acordos com o capital financeiro. Teremos um governo de transição, que servirá para a reestruturação do Brasil. Nós temos a condição, mesmo diante desta crise, de reformularmos nosso projeto de desenvolvimento e colocarmos nosso país, novamente, em destaque entre as nações, com uma política dirigida ao nosso povo e à nossa gente”, finalizou.

 

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