Agronegócio: um setor em constante crescimento
Mesmo com a retração econômica, agravada pela pandemia da Covid-19, o agronegócio vem registrando bons números no Brasil. O setor foi responsável por impulsionar a economia em 2020, de modo que os resultados gerais não ficaram tão negativos. E a tendência é de ainda mais crescimento para 2021.
Hoje vamos falar da importância do campo para o país. Apresentaremos um balanço do cenário atual e as perspectivas futuras. Fique conosco!
O que é agronegócio?
Antes de trazer os dados, vale mencionar que o agronegócio diz respeito a todas as atividades relacionadas à cadeia produtiva agrícola ou pecuária. Estamos falando, então, do cultivo de lavouras e da criação de animais para fins econômicos.
O também chamado agribusiness é o setor responsável, por exemplo, pela geração de alimentos. Mas não é só isso. Ele atende a outras necessidades da população, como o fornecimento de insumos para a indústria.
O algodão que está nas suas roupas, o papel dos livros escolares de seu filho e o arroz e feijão de todo dia são alguns dos muitos produtos do agronegócio. A importância desse setor para a economia brasileira é histórica – basta pensar que, em séculos passados, o cultivo de cana-de-açúcar e café foi o motor financeiro do país. No entanto, a expansão e a profissionalização desse segmento são mais recentes.
O agronegócio no Brasil
Faz cerca de 40 anos que o Brasil registrou uma verdadeira revolução agrícola. Trata-se de um dos fatos mais importantes de nossa história recente.
Com uma produção cada vez mais intensa, as empresas conseguiram baratear custos e reduzir bastante o preço dos alimentos. Isso trouxe reflexos para a qualidade de vida dos cidadãos, que passaram a comer melhor.
O excedente das safras também favoreceu as exportações. Ao conquistar o mercado internacional, o agronegócio brasileiro foi gerando superávit, o que significa mais dinheiro entrando no país.
Hoje o Brasil se destaca como um dos maiores produtores do mundo. Fica atrás apenas de outra potência: os Estados Unidos. Os principais produtos agropecuários tupiniquins incluem algodão, milho, soja, feijão, café, arroz, açúcar, celulose, laranja e carnes, sendo essas bovina, suína e de frango.
O agronegócio responde por um em cada três empregos no Brasil. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), com dados de 2015, mais de 30,5 milhões de trabalhadores vivem do campo. Desses, 13 milhões (42,7%) realizam atividades de agropecuária, 6,43 milhões (21,1%) atuam no comércio agropecuário, 6,4 milhões (21%) trabalham nos agrosserviços e 4,64 milhões (15,2%) estão na agroindústria.
No que diz respeito ao comércio, 43% das exportações brasileiras foram de produtos agropecuários, conforme os dados de 2019. Isso sem contar o abastecimento do mercado interno, é claro.
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O crescimento do setor agropecuário em 2020
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu em 2020. A soma das riquezas vindas do campo ficou 24,31% maior, em relação ao ano anterior. Assim, chegou-se ao montante de R$ 7,45 trilhões, ou 26,6% do PIB nacional. O cálculo é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Esse resultado positivo demonstra o excelente desempenho tanto no abastecimento do mercado doméstico quanto nas exportações. Para escoar a produção, é preciso acionar áreas como comércio, transporte e armazenagem. Ou seja: diversos setores saem ganhando. E ainda existem outras atividades relacionadas ao agro, como serviços financeiros, jurídicos, contábeis e de comunicação.
O ano de 2020 registrou safra recorde de grãos, além de aumento na produção de café, cana-de-açúcar e cacau. No âmbito das proteínas animais, vale destacar a expansão da produção de aves, ovos, leite e suínos.
Cabe a ressalva de que o crescimento expressivo é uma recuperação, já que o mercado recuou entre 2017 e 2019 devido à crise econômica. Ainda, houve aumento de custos na agricultura e, principalmente, na pecuária. De todo modo, o saldo final é animador. Um dos fatores que explicam esse fenômeno é o câmbio. Com o dólar superando os R$ 5, as vendas para o exterior acabam sendo bastante lucrativas.
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Perspectivas do agronegócio para 2021
O agronegócio brasileiro contribuiu com mais de um quarto do PIB e fechou o ano passado com um superávit comercial de US$81,9 bilhões. Isso tudo num cenário de pandemia, em que diversos setores da economia sofrem prejuízo.
Para 2021, os especialistas projetam ainda mais crescimento. Espera-se que os negócios mundiais se reaqueçam, à medida que a segurança sanitária retornar. Haverá mais demanda por matéria-prima, então o Brasil, gigante das commodities, terá boas oportunidades de expandir mercado.
As constantes melhorias no campo, com profissionalização dos trabalhadores e investimento em tecnologia de ponta, também prometem um excelente retorno. A CNA prevê nova safra recorde, especialmente se as condições climáticas forem favoráveis. O país deve colher 264,8 milhões de toneladas de grãos (7,9 milhões a mais que na safra 2019/2020), sendo 50% dessa quantidade em soja.
No caso da proteína animal, o faturamento deve chegar a R$ 308,5 bilhões, frente aos R$ 290,8 bilhões de 2020. A informação é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
E então, gostou de saber um pouco mais sobre o agronegócio do Brasil? Esperamos que o conteúdo tenha sido útil. Siga de olho no blog da Cresol para continuar se informando sobre economia e finanças pessoais. Até a próxima!
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