Pesquisa do Serviço Geológico do Brasil descobre vulcão extinto em Marilândia do Sul
Uma pesquisa geológica encontrou rochas milenares raras, chamadas piroclásticas, em Marilândia do Sul. Com a descoberta, foi constatado que há 134 milhões de anos existiu um vulcão no município, que era capaz de lançar jatos de lava a mais de um quilômetro de altura em direção ao céu, distância superior a três torres Eiffel empilhadas.
Após a publicação da pesquisa no portal G1, o vulcão de Marilândia do Sul virou um dos assuntos mais comentados do Paraná e Brasil.
O geólogo e pesquisador curitibano Marcell Leonard Besser, do Serviço Geológico do Brasil, é o responsável pela pesquisa, desenvolvida ao longo dos últimos quatro anos, e que foi publicada há um mês na revista acadêmica “Bulletin of Volcanology”, fundada em 1922 e uma das mais conceituadas na área.
As rochas estavam em uma região de mina. A estrutura geológica foi nomeada “Tapalam”. De acordo com a pesquisa, a descoberta das rochas, formadas a partir do magma do vulcão, revela informações valiosas sobre a história do planeta.
Hoje, na área onde o vulcão existiu fica uma mineradora particular que produz britas para construção civil.
As rochas piroclásticas encontradas em Marilândia permitem o entendimento de que os jatos de lava lançados pelo vulcão alcançaram mais de um quilômetro de altura.
Pelos cálculos dos pesquisadores, os jatos do vulcão eram mais altos, inclusive, do que o maior prédio do planeta, o Burj Khalifa, com 828 metros de altura, localizado em Dubai.
A pesquisa ainda apontou que a área que o vulcão estava foi criada durante a existência da Pangeia, quando todos os continentes do planeta ainda formavam apenas um bloco de terra.
O Vulcão ‘Tapalam’ pode ficar ativo novamente?
A descoberta pode trazer ao público a preocupação de se o vulcão ‘Tapalam’, com toda a magnitude registrada, pode voltar à ativa.
Porém, o pesquisador Marcell Leonard Besser garante que qualquer atividade do vulcão é improvável. “Ele não vai voltar, em nenhuma área do território nacional tem vulcões que podem voltar a entrar em atividade. Não tem mais chance”, esclarece.
Colaboração com informações, G1 revista acadêmica “Bulletin of Volcanology”