STF autoriza quebra do sigilo bancário de Bolsonaro e Michelle
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A medida foi solicitada na semana passada pela Polícia Federal no âmbito da investigação da Operação Lucas 12:2, que apura o suposto funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes recebidos pelo ex-presidente de autoridades estrangeiras.
Segundo as investigações, os desvios começaram em meados de 2022 e terminaram no início deste ano. Entre os envolvidos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e o pai dele, o general de Exército, Mauro Lourena Cid. O militar trabalhava no escritório da Apex, em Miami.
Mauro Cid está preso em Brasília, no Batalhão do Exército. E a expectativa agora é com relação ao próximo depoimento dele. É que Mauro Cid trocou de advogado na terça-feira e a orientação da defesa dele seria, justamente, falar. Tanto é que, reportagem publicada na Revista Veja e em outros veículos desta sexta-feira (18) dão conta de que ele vai admitir que vendeu as joias e presentes recebidos nos Estados Unidos por ordem de Bolsonaro e que, inclusive entregou o dinheiro ao ex-presidente.
Tentamos contato com o advogado, Cézar Bittencourt, mas não conseguimos uma resposta até agora. A defesa de Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre esse assunto.