Apucarana reforça fiscalização ambiental no Parque Jaboti
Há décadas, campanhas educativas promovidas por empresas e governos de todo o mundo alertam para a importância da preservação do meio ambiente e das consequências da poluição para a saúde do ser humano. Apesar disto, ainda hoje existem pessoas que insistem em deixar um legado negativo para a sua e também para as próximas gerações. Um exemplo bem próximo acontece diariamente em Apucarana, onde muito lixo é recolhido pela prefeitura em toda a extensão do Parque Municipal Jaboti.
O desrespeito à lei ambiental tem sido um desafio para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) que anunciou nesta quinta-feira (08/04) maior rigor na fiscalização. “Desde segunda-feira estamos percorrendo o parque e abordando os frequentadores para levar orientações, promover conscientização sobre a responsabilidade de todos na manutenção da limpeza deste logradouro público”, relata Gentil Pereira, secretário Municipal de Meio Ambiente.
Grande parte do problema, aponta o secretário, está concentrado na conduta de pescadores e também de frequentadores de final de semana. “Muitos deles têm demostrado que não sabem apreciar e conviver de forma harmoniosa com a natureza, descartando todo tipo de lixo às margens do lago”, lamenta. Restos de alimentos, latas, garrafas, sacos plásticos, papelão, vasilhames diversos, peças de roupas, ferragens, pneus, pedaços de móveis, linhas de pesca, são alguns materiais recolhidos frequentemente pela equipe de manutenção do parque
Gentil frisa que o Parque Municipal Jaboti é um dos pontos turísticos e de lazer mais agradáveis da cidade e que o reforço na fiscalização ambiental já rendeu notificações. “Semana passada, no período da noite, flagramos pescadores acendendo uma fogueira. Ao serem notificados, prontamente atenderam as orientações, evitando a lavratura de multa. Também atendemos uma denúncia da construção de um trapiche clandestino de quatro metros junto à mata aos fundos da Associação Cultural e Esportiva de Apucarana (Acea) onde, juntamente com a Polícia Militar Ambiental, promovemos o desmanche. Como ninguém estava no local, não houve notificação”, conta o secretário de Meio Ambiente.
O descarte de qualquer lixo ou entulho em áreas como o Parque Jaboti é enquadrado como crime ambiental. “Além de notificação, o infrator está sujeito a outras sanções, como multa e até prisão”, alerta Gentil Pereira. Ele pede que a população ajude na fiscalização e, ao flagrar ocorrências do gênero, acionem a Patrulha Ambiental da Guarda Civil Municipal (GCM) pelo telefone 153. “O atendimento é 24 horas, inclusive aos finais de semana. O denunciante não precisa se identificar”, explica o secretário.
Placas e lixeiras – O secretário Gentil Pereira frisa que a administração municipal realiza manutenção semanal do local e que o prefeito Júnior da Femac já autorizou investimento em mais placas de alerta sobre as proibições e também com mensagens de educação ambiental. “Vamos adquirir e instalar ainda mais lixeiras em toda a extensão do parque municipal”, comunica.
Segundo Gentil, um mutirão de limpeza estava programado para acontecer no final de março, mas foi suspenso devido o avanço do novo coronavírus (Covid-19). “A mobilização continua e, assim que as condições sanitárias permitirem, vamos executar um mutirão em parceria com outras entidades governamentais e não governamentais do município”, informa o secretário.
Investimentos – O prefeito Júnior da Femac lembra que nos últimos oito anos a prefeitura resgatou o Parque Municipal Jaboti como local de visitação e contemplação da natureza. “Ainda na gestão Beto Preto promovemos a construção da nova pista de caminhada em concreto alisado e toda iluminada. Fizemos paisagismo, instalamos mais lixeiras e revitalizamos as canchas esportivas de areia, além de reforçar a iluminação pública em todo o entorno do parque. Quando assumi o cargo de prefeito, investimos no painel turístico “Eu amo Apucarana”, que tem sido parada certa de todos os visitantes que registram e divulgam Apucarana nas redes sociais. Também repovoamos o lago com milhares de alevinos de espécies nativas, levamos a sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente para o parque, implantamos um parque infantil junto à Academia ao Ar Livre (AAL) e melhoramos a segurança no trânsito com instalação de duas faixas elevadas. A prefeitura tem feito a sua parte, contamos com o mesmo carinho por parte dos frequentadores”, diz o prefeito, lembrando que recentemente também foi criado junto ao parque um bosque memorial em homenagens aos apucaranenses vítimas da Covid-19.
Quanto tempo o lixo leva par se decompor?
Baterias e pilhas – até 500 anos
Borracha – tempo indeterminado
Filtro de cigarro, chiclete – 5 anos
Garrafa Pet – 200 anos
Isopor – 500 anos
Lata de alumínio – 100 anos
Madeira pintada – 13 anos
Metal – 100 anos
Nylon – mais de 30 anos
Papel – 1 a 4 meses
Sacola Plástica – soterrada, 200 anos
Tecido de algodão – 1 ano
Vidro – 1 milhão de anos
Fonte: PMA