Produtores do “Terra Forte” repassam ao Município 21 toneladas de hortifruti
Os produtores integrados ao Programa Terra Forte repassaram ao Município, ao longo deste ano, mais de 21 toneladas de alimentos, que enriqueceram as refeições servidas nos centros infantis e escolas municipais. Os hortifrutigranjeiros, que também atenderem a necessidades de entidades sociais, foram entregues pelos produtores como forma de “pagamento” por insumos agrícolas e mudas repassadas pelo Município.
O prefeito Junior da Femac ressalta que, após o período de consolidação, o programa vem sendo ampliado e 2022 foi marcado pela implantação do Terra Forte Leite. Junior da Femac lembra que o “Terra Forte” iniciou na gestão do ex-prefeito Beto Preto com foco na fruticultura e no resgate da cafeicultura. “Para que essas ações obtivessem êxito, o Município passou a fornecer anualmente os insumos necessários para a fertilização e correção do solo. Somente em 2022, foram distribuídas 500 toneladas de calcário e 2 mil toneladas de fosfato”, salienta Junior da Femac.
A fruticultura foi a aposta inicial para promover a diversificação, especialmente da chamada agricultura familiar. “Mantendo um diálogo permanente com os produtores, a cada ano novas variedades de frutíferas foram sendo fornecidas. As mais recentes foram mudas de limão taiti e tangerina montenegrina e, em 2022, damos continuidade à expansão distribuindo 525 mudas de figo e 2.100 mudas de abacate”, exemplifica Junior da Femac.
O prefeito de Apucarana destaca que em 2022 mais uma ação foi incorporada ao programa, com a implantação do “Terra Forte Leite”.
“O objetivo é melhorar a produtividade e gerar mais renda aos produtores de leite. Fizemos a distribuição de 3.150 mudas de capim elefante anão, que contém fontes elevadas de proteínas. Apucarana sempre teve uma bacia leiteira importante e queremos que o nosso leite, queijo e outros derivados ganhem novamente destaque”, pontua Junior da Femac.
A cafeicultura, uma das atividades que está diretamente ligada com a história de Apucarana, também integra o “Terra Forte”. “Estamos buscando ampliar a quantidade de mudas repassadas aos produtores. Neste ano, o nosso Viveiro Municipal produziu e distribuiu de forma subsidiada 150 mil mudas de café da variedade IPR-100”, informa Junior da Femac, acrescentando que o Município também incentiva a produção de cafés especiais. “Devido às características do solo e do clima e da implantação de variedades mais resistentes, Apucarana produz um dos melhores cafés do Paraná, o que vem sendo confirmado pelas recentes premiações alcançadas no Concurso Café Qualidade Paraná”, avalia Junior da Femac.
Diversificação e renda – De acordo com Gerson Canuto, secretário municipal de Agricultura, o Programa Terra Forte tem promovido a diversificação nas propriedades, a geração de renda e também contribuído para a fixação das famílias no campo. “Através dos programas municipais de Alimentação Escolar e do Feira Verde, o Município garante a compra de boa parte da produção”, observa Canuto, acrescentando que o excedente os produtores comercializam junto a mercados e feiras diversas.
Canuto explica que, seguindo as regras do programa, o Município fornece os insumos e as mudas. “O pagamento pelo apoio municipal ocorre com o fornecimento ao Município de parte da produção, abrangendo frutas, verduras e legumes que enriquecem o cardápio da alimentação escolar e que são destinados também para entidades sociais”, reitera.
José Augusto Lavaria, que possui uma propriedade rural junto com seu pai na região do Bilote, mantém duas áreas de cultivo com o
apoio da Prefeitura. “A propriedade tem 16 alqueires, onde há duas estufas onde produzimos tomate, repolho, alface e couve-flor. Também temos perto de 8 mil pés de café, com mudas que pegamos no Viveiro Municipal”, afirma Lavaria, completando que a Prefeitura também repassou 10 toneladas de calcário para fazer a correção do solo.
Lavaria conta que, durante o período de aulas, as entregas da produção para a Autarquia de Educação costumam acontecer a cada 15 dias. “Além de pagar os insumos que pegamos, conseguimos ainda uma renda de cerca de R$ 2 mil por mês vendendo a produção para o Município”, assinala o produtor.