Hospitais regionais de Ivaiporã, Guarapuava e Telêmaco Borba terão novo perfil assistencial
A Fundação Estatal de Atenção em Saúde (Funeas) vai assumir, a partir de 1º de maio, a gestão dos Hospitais Regionais de Guarapuava, Ivaiporã e Telêmaco Borba, entregues à população em 2020. A integração das unidades à gestão estadual tem como finalidade ampliar os serviços para a população, dando continuidade ao processo de descentralização da saúde, aproveitamento da estrutura permanente organizada nos hospitais para o combate da pandemia. Até então eles eram destinados exclusivamente para o atendimento a pacientes com Covid-19.
Com a pandemia, essas unidades, que estavam em diferentes estágios de obras, tiveram sua construção acelerada e foram finalizadas. A orientação do governador Carlos Massa Ratinho Junior foi pela construção de estruturas físicas definitivas, e não hospitais de campanha, para ampliar o acesso à saúde no combate da Covid-19.
Agora, com cenário mais ameno, elas assumirão sua finalidade original, sob a gestão da Funeas, que expandirá ainda mais os esforços para levar os serviços para perto das pessoas. Os hospitais também atendem regiões que estavam desassistidas de serviços próximos de saúde diante do tamanho da população, como o Centro-Sul, o Vale do Ivaí e os Campos Gerais.
Dentre as propostas apresentadas pela Funeas para a Secretaria, destaca-se a adequação destas unidades para um novo direcionamento assistencial, considerando o avanço da imunização no Paraná e a possibilidade de remanejamento de setores exclusivos para o tratamento da Covid-19, como ocorre em outros hospitais privados, universitários ou filantrópicos.
“Vamos assumir a gestão no dia 1º de maio. Essa incorporação já estava no planejamento e segue um fluxo natural. Agora, esses hospitais passam a atender de maneira mais completa essas três importantes regiões do Paraná, sem descuidar do planejamento de atendimento da pandemia”, disse o secretário de Saúde, César Neves.
“Estamos realizando avaliações das estruturas e contratações para atender as necessidades, estabelecer as novas adequações e implementá-las gradualmente a partir do próximo mês. Além disso, também já concluímos sessões de credenciamento para a contratação de profissionais da área médica e assistencial para suprir as novas demandas e possibilitar a continuidade dos serviços”, disse o diretor-presidente da Funeas, Marcello Machado.
GUARAPUAVA – Situado na 5ª Regional de Saúde, o Hospital Regional de Guarapuava iniciou os atendimentos como hospital de campanha no dia 22 de julho de 2020, atendendo exclusivamente pacientes confirmados ou suspeitos de Covid-19. Em 2020 a unidade realizou 515 atendimentos, passando para mais de três mil em 2021. Neste ano, até março, registra pouco mais de 200 atendimentos.
O investimento para custeio no hospital, neste período, ultrapassou R$ 66,9 milhões. Para a obra, o Governo do Estado já investiu mais de R$ 105,8 milhões, além de R$ 30,9 milhões em equipamentos.
A unidade manterá, inicialmente, 20 leitos em enfermaria clínica e 10 leitos em UTI adulto, totalizando 30 leitos para atender a demanda da região – para Covid-19 e outras necessidades clínicas. O investimento mensal estimado pela Funeas é de mais de R$ 2,8 milhões.
O perfil assistencial do hospital será ampliado futuramente para o atendimento cirúrgico, ortopedia e trauma. Dentre os objetivos estipulados para a transição de gestão estão o credenciamento de equipe assistencial e médicos, além da aquisição de insumos, remanejamento de equipamentos e mobiliários de outras unidades e contratação de outros serviços, como esterilização, nutrição, hemodiálise e laboratório.
IVAIPORÃ – O Hospital Regional de Ivaiporã abriu as portas no dia 1º de junho de 2020 como hospital exclusivo para atendimento Covid-19. No primeiro ano da pandemia no Paraná, a unidade registrou 374 atendimentos. Foram 1.177 em 2021 e 168 até março deste ano.
O valor de custeio da unidade já passa de R$ 50,5 milhões neste período. O valor da obra foi de R$ 34,3 milhões, além da estimativa de R$ 27 milhões em equipamentos.
Agora, o hospital manterá 20 leitos de enfermaria clínica e outros 10 de UTI Adulto. O perfil assistencial será preparado para o atendimento futuro de cirurgias eletivas. A estimativa de custeio da Funeas é de R$ 2,7 milhões. Os objetivos estipulados seguem o modelo dos outros hospitais regionais, com credenciamento de equipe assistencial e médicos, contratação de outros serviços, aquisição de insumos, imobiliários e equipamentos.
TELÊMACO BORBA – Inserido na 21ª Regional de Saúde, o Hospital de Telêmaco Borba também iniciou os atendimentos no dia 1º de junho de 2020. A unidade foi aberta ao público após mais de dez anos de espera. No primeiro ano de atendimento, o hospital registrou 484 atendimentos; no segundo, 917; e até março de 2022, 131. Neste período, o custeio da unidade passou de R$ 36,6 milhões. O valor da obra desta unidade alcançou R$ 30 milhões.
A unidade inicialmente manterá atendimentos clínicos para Covid-19, mas será preparada a unidade materno-infantil. A oferta de 20 leitos de enfermaria clínica será mantida. O custeio mensal pela Funeas deve ser R$ 3,7 milhões. A unidade também receberá mudanças na infraestrutura em geral, com contratação de outros serviços, mobiliário e equipamentos, além de credenciamento de equipe assistencial e médica.
FUNEAS – Com as novas unidades, a Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Paraná passará a gerenciar, no total, 14 unidades, sendo 12 hospitais e duas instituições de educação e pesquisa. São eles: Hospital Regional de Guaraqueçaba, Hospital Regional do Litoral (Paranaguá), Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná (Piraquara), Hospital Infantil Waldemar Monastier (Campo Largo), Hospital Regional do Sudoeste (Francisco Beltrão), Hospital Regional do Norte Pioneiro (Santo Antônio da Platina), Hospital Zona Norte de Londrina, Hospital Zona Sul de Londrina, Hospital Regional de Telêmaco Borba, Hospital Adauto Botelho (Pinhais), Hospital Regional de Guarapuava, Hospital Regional de Ivaiporã, Escola de Saúde Pública do Paraná (Curitiba) e CPPI – Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (Piraquara).
Fonte: AEN