Gaeco mira delegado aposentado e ex-presidente da Câmara por crimes de jogos de azar em Arapongas
O Ministério Público do Paraná, através do núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia nesta segunda-feira, (30), contra seis pessoas investigadas na Operação Arapongas, que apura a exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro na cidade.
Entre os denunciados, estão o delegado aposentado da Polícia Civil, Marcelo Sakuma, que seria um dos coordenadores do esquema criminoso e teria praticado, entre outros delitos, corrupção passiva e ocultação de elementos probatórios, uma ex-servidora da 22ª Subdivisão Policial de Arapongas, que teria recebido propinas mensais para dificultar o combate ao jogo do bicho na cidade, e o ex-presidente da Câmara de Vereadores da cidade dos pássaros, Osvaldo Alves dos Santos, mais conhecido como Osvaldinho,acusado de atuar como chefe do esquema. Ao todo, ele controlaria 257 pontos de apostas do jogo do bicho.
Também foi denunciado o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Arapongas Osvaldo Alves dos Santos, o Osvaldinho, acusado de atuar como chefe do esquema de exploração da contravenção do jogo do bicho. Ele seria o responsável pelo fornecimento de “máquinas para a feitura dos jogos ilegais para os estabelecimentos comerciais, contratar os prepostos que atuam na exploração do jogo, ordenar pagamentos e transações financeiras, bem como por determinar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos com o objetivo de facilitar a prática da contravenção”. Ao todo, ele controlaria 257 pontos de apostas do jogo do bicho.
Segundo o promotor de Justiça Leandro Antunes Machado, do Gaeco de Londrina, tanto o delegado aposentado quanto parte de sua equipe da delegacia, promoveram obstrução de justiça, retirando documentos importantes da casa do investigado. “Durante as investigações foi apurado que o ex delegado e outras pessoas ligadas a ele efetuaram a retirada de documentos e materiais importantes da casa do investigado, com isso, ficou comprovada a obstrução de justiça de foram todos denunciados pelo crime previsto na lei de organizações criminosas”, explicou o promotor.
A Operação Arapongas foi deflagrada em setembro de 2020 para apurar o funcionamento de um possível esquema de corrupção de policiais na 22ª Subdivisão Policial de Arapongas. Em sua comunicação, o grupo denominava a propina como “costuras, blusas ou encomendas”, e o bicheiro era chamado de “costureira”. Além disso, há indícios de fornecimento de informações sigilosas para o grupo criminoso por agentes da Polícia Civil.
Defesa
Em nota, o advogado Marcos Prochet Filho, que defende o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Arapongas, informou que, até o momento, seu cliente não foi formalmente citado acerca do oferecimento da acusação. Disse ainda que se manifestará somente no processo, caso a denúncia venha a ser recebida pelo Poder Judiciário. As informações são do portal Dia a Dia de Arapongas.
Imagem ilustrativa do Bem Paraná.