Vereador de Nova Tebas denuncia superfaturamento em show de Réveillon

 Vereador de Nova Tebas denuncia superfaturamento em show de Réveillon

O vereador Vanderley Borgert apresentou uma denúncia ao Ministério Público apontando supostas irregularidades em um contrato firmado entre a Prefeitura de Nova Tebas e a Banda Brasil 2000, para a apresentação no Réveillon
2024/2025. O contrato, no valor de R$ 145 mil, chamou a atenção do parlamentar, que levanta suspeitas de superfaturamento e irregularidades no pagamento. Conforme o contrato administrativo nº 179/2024, assinado pelo então prefeito Clodoaldo Fernandes dos Santos, a apresentação da banda ocorreu no dia 31 de dezembro de 2024, na Avenida Brasília, com duração mínima de três horas. No entanto, Vanderley Borgert afirma que, em outras cidades onde a banda já se apresentou, o valor cobrado não ultrapassou R$ 47 mil, o que levantou questionamentos sobre o montante pago em Nova Tebas. Outro ponto destacado na denúncia foi a cláusula que previa pagamento antecipado, uma exigência da banda considerada “indispensável para a prestação do serviço”. O valor deveria ser quitado em parcela única até cinco dias úteis antes do evento. Para o vereador, essa condição pode ter sido utilizada para facilitar a devolução de parte do valor ao então prefeito, que deixou o cargo à meia-noite do dia da apresentação. O contrato foi assinado no dia 20 de dezembro de 2024, com vigência até 31 de janeiro de 2025. RESPOSTA – Nossa reportagem tentou contato com o ex-prefeito Clodoaldo Fernandes dos Santos por meio de seu celular particular. Encaminhamos a denúncia e um áudio solicitando sua versão, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos resposta. Falamos também com Rodrigo Produções, empresário da banda Brasil 2000. Ele afirmou que a denúncia “não tem fundamento”, alegando que sequer conhece o ex-prefeito e que “nenhum valor foi devolvido”. Rodrigo também compartilhou contratos da banda com outras prefeituras, incluindo um firmado com a Prefeitura de Atalaia em abril de 2024, no valor de R$ 190 mil. Segundo ele, há diversos contratos com valores superiores ao de Nova Tebas. Indagado sobre uma cláusula do contrato, que obrigava a prefeitura a ainda fornecer e instalar equipamentos de iluminação e sonorização, além da estrutura de palco e energia elétrica, ele disse que realmente o contrato reza assim, mas que o palco foi levado pela banda, e que o valor já está incluído nos 145 mil. Por fim, Rodrigo destacou que shows de virada de ano geralmente são contratados por valores até mais de 100% do preço normal, por conta da procura, mas negou qualquer tipo de conluio ou má-fé na contratação com Nova Tebas.

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