Apucarana sedia 1° Congresso Paranaense de Síndrome de Down

Educação, Saúde e emprego apoiado são os temas principais da programação do I Congresso Paranaense de Síndrome de Down, que acontece neste fim de semana, de 22 a 24 de novembro, em Apucarana. Especialistas de renome nacional e lideranças do movimento das pessoas com a Trissomia do 21 (T21) – como também é conhecida a síndrome – estarão na cidade, à frente de palestras e minicursos.

Mais de 300 pessoas estarão presentes no congresso, que já tem caravanas confirmadas de diversas regiões do Estado, como de Curitiba, Foz do Iguaçu, Toledo, Ponta Grossa/Castro, além de grupos de pessoas das regiões sudoeste, noroeste e norte do Paraná, e inscritos de Santa Catarina e até do Rio Grande do Sul.

O congresso é realizado pela FEPASD (Federação Paranaense das Associações de Síndrome de Down), Associação Download de Apoio às Pessoas com Síndrome de Down, de Apucarana, e Prefeitura Municipal de Apucarana, com patrocínio da Itaipu Binacional, e apoio da FBASD (Federação Brasileira de Associações de Síndrome de Down), da UTFPR (Universidade Federal Tecnológica do Paraná) – campus Apucarana; Unespar (Universidade Estadual do Paraná), campus Apucarana -, FAP (Faculdade de Apucarana), Ambulatório de Síndrome de Down, do Hospital das Clínicas/UFPR, de Curitiba; Agência Turboélice, DNA Comunicação Visual e Paulo Luzzi Produções Artísticas.

O evento começa na sexta-feira (22), com uma concentração na praça Manoel Ribas (Redondo), às 15h30, e uma caminhada até a praça Rui Barbosa, às 16 horas, onde ocorre um ato público. A abertura oficial do congresso será às 19 horas, na Praça 28 de Janeiro, quando ocorre uma solenidade com autoridades e convidados, seguido da palestra “Avanços e perspectivas do movimento das pessoas com deficiência para a efetiva inclusão”, com Antônio Carlos Sestaro, de Santos/SP.

Outro destaque na solenidade de abertura será o depoimento de Luiza Godoi Acosta, publicitária, digital influencer e autodefensora. “Sou pessoa com T21 e como cheguei até aqui – o que minha história pode auxiliar na sua” é o tema do depoimento de Luiza, que é de Apucarana e é uma das protagonistas do filme Colegas 2, que estreia nos cinemas e festivais internacionais em 2025.

“Toda a nossa programação foi construída com a participação direta e efetiva de pessoas com a T21. O cerimonial, a recepção, apresentações artístico-culturais, os depoimentos que precedem cada uma das quatro palestras serão de pessoas com síndrome de Down e os temas de todos os 15 minicursos foram definidos a partir da realidade do dia a dia dessas pessoas em nossa sociedade. O evento vai marcar a história do movimento de síndrome de Down no Paraná”, explica Liana Lopes Bassi, coordenadora geral do evento, diretora da Download e presidente da FEPASD.

O prefeito de Apucarana, Sebastião Ferreira Martins Júnior, o Júnior da Femac, reuniu-se nos últimos dias com a equipe de organização do congresso e com sua equipe técnica, de secretários e diretores, para os alinhamentos finais do congresso, que tem a prefeitura como realizadora, ao lado da FEPASD e da Download. Para ele, o evento será também uma oportunidade de capacitação para servidores municipais, especialmente das áreas de saúde, educação e assistência social. “O congresso proporcionará uma atualização valiosa para profissionais que atuam com pessoas com deficiência e será também um momento para troca de experiências e de socialização. É um orgulho para Apucarana sediar esse primeiro congresso, pois vem ao encontro de tudo o que fizemos na área da inclusão”, ressalta o prefeito.

Haverá mais três palestras durante o congresso, além da abertura. Uma às 8h30 e outra às 13h30, ambas no dia 23, e a última, às 8h30 do dia 24, todas no espaço “Tenda da Inclusão”, montado no campus da UTFPR em Apucarana. Durante o congresso, serão realizados 15 minicursos, inclusive alguns exclusivamente para profissionais, como dentistas e professores, além dos que serão abertos a todos os interessados inscritos no congresso. Todos os minicursos ocorrerão em salas da UTFPR.

O Congresso Paranaense de Síndrome de Down também tem uma programação científica à parte. Ao todo, 10 trabalhos científicos de estudantes e pesquisadores das áreas de educação, saúde e direito serão apresentados, dentro de temas como Saúde e Bem-Estar; Políticas Públicas e Direitos; Educação e Inclusão; Papel da Família; e Desenvolvimento/Intervenção Precoce.

Os autodefensores, jovens e adultos com T21, terão uma programação à parte, com reuniões de trabalho, rodas de conversas, oficinas nas áreas de educação, saúde e trabalho, apresentações artístico-culturais, passeios e até uma noite de talentos, intitulada Baladown.

A autodefensoria é um movimento de protagonismo das pessoas com T21, que são organizadas em âmbito nacional, regional e estadual, reunindo jovens acima de 16 anos e adultos em todo o país, para discussão sobre a legislação e direitos da pessoa com deficiência, entre outros temas correlatos e de interesse do movimento.

O Congresso Paranaense ainda contará com Espaço Infantil, para crianças, com atividades e monitoria de profissionais da área, e berçário, garantindo atendimento dos pequenos enquanto os pais aproveitam a programação do evento.

Durante o congresso, ainda serão prestados outros serviços aos participantes, como orientações sobre direito das pessoas com deficiência, com a Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da Ordem dos Advogados do Brasil, subseção de Londrina, e Unespar/Apucarana; alimentação saudável, com o curso de Nutrição da FAP; orientações sobre políticas de Assistência Social – Quem tem direito? Quais programas posso participar?, com profissionais da Secretaria Municipal de Assistência Social de Apucarana e do curso de Serviço Social da Unespar/Apucarana.

SERVIÇO

Mais informações sobre o congresso no site www.download21.org.br ou no perfil da FEPASD no Instagram – @Paranadown.

PALESTRANTES:

ANTÔNIO CARLOS SESTARO – palestra Avanços e perspectivas do movimento das pessoas com deficiência para a efetiva inclusão

Profa. Dra. MEIRE CAVALCANTE – palestra A educação inclusiva se faz na rede regular e o minicurso Meu filho precisa de profissional de apoio?

Profa. Dra. NEIDE DA SILVEIRA DUARTE DE MATOS – palestra Como promover uma aprendizagem que impulsione o desenvolvimento das pessoas com T21? e o minicurso Quando as experiências escolares não são tão exitosas – o que fazer?

Profa Dra ANA CLÁUDIA BRANDÃO – Pesquisas em cognição e perspectivas na síndrome de down/t21 e o Minicurso A hora da notícia: Como abordar e apoiar a família quando a criança nasce com T21.