Seca gera perdas de 10% na soja e 20% no milho na região

 Seca gera perdas de 10% na soja e 20% no milho na região

A seca registrada nos últimos dois meses do ano passado vai impactar na próxima safra na região. Dados do Departamento de Economia Rural (Deral) do Escritório Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), de Apucarana, projeta, preliminarmente, perdas de 10% na soja e 20% no milho.

A chuva esperada para esta semana não irá recuperar o quadro, mas apenas evitar novas perdas. Segundo previsão do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), deve chover até quinta-feira (6).

Segundo o Deral, os 13 municípios pertencentes à Seab de Apucarana colheram na safra 2020/2021, no total, 459.170 toneladas de soja e 48.782 toneladas de milho.

A região segue tendência estadual de quebra. Segundo relatório mensal com as estimativas para a safra de grãos 2021/2022 no Paraná divulgado pelo Deral, o Estado poderá colher 22,54 milhões de toneladas na safra de verão, em uma área de 6,24 milhões de hectares. O volume representa uma redução de 3% com relação à safra de verão 2020/2021, e a área é 2% maior.

Principais culturas a campo neste primeiro período, a soja, o milho e o feijão sofreram o impacto da estiagem que afetou as lavouras nos últimos meses e apresentam, respectivamente, reduções de 12%, 13% e 10% na expectativa de produção em relação ao esperado no início do ciclo.

Na avaliação do secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o ano de 2021 foi bastante desafiador para os agricultores paranaenses. “Tivemos uma profunda crise hídrica e geadas severas que provocaram perdas na produção. Porém, acabamos o ano com o setor agro participando em mais de 80% do esforço exportador do Paraná”, diz.

O relatório deste mês traz, ainda, a primeira estimativa para a segunda safra de feijão – que deve ter um acréscimo de 2% na área plantada comparativamente à safra passada, somando 267,3 mil hectares; e para a segunda safra de milho, cuja expectativa sinaliza uma área de 2,56 milhões de hectares.

“A produção de milho pode chegar a 15 milhões de toneladas, se o clima colaborar”, aponta o chefe do Deral, Salatiel Turra. Esse volume representaria um aumento de 163% ante a produção do ciclo 20/21.

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